"Usufrua o amor e a culinária com abandono total"
Dalai Lama

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Facas...

Hmmm...já que este é um espaço de reflexão, cá vai...

Ultimamente a vida não me tem corrido bem, e espero sinceramente que seja verdade o que se ouve dizer: que as desgraças vêm em grupos de três - é que já cheguei ao limite!
E apesar de os reveses me terem tirado a fome (o que até pode ser uma vantagem!), tenho que fazer a janta para os homens da casa.

Desanimada, lá fui ver o que havia na cozinha e entreguei-me sem vontade aos tachos e às panelas.
De início indiferente, vazia de espírito, senti algum entusiasmo ao abrir o estojo das facas. Fitei aquelas lâminas de aço, que sempre me assustaram, e decidi que nunca mais vou ter medo delas. Peguei na maior (25cms) e lancei-me sobre o alho-francês. Chamei-lhe tudo o que me ia na alma e deleitei-me a golpeá-lo com violência, a escortanhá-lo, sem receio, sem método, sem dó nem piedade. Apenas me preocupei em acertar com a faca na tábua de corte e não no mármore da bancada.
E comecei a sentir-me melhor.
Afinal  - talvez incoerentemente - a ira acaba por ser uma espécie de terapia.
E as facas, então...

(Hmmm.. tenho que comprar uma faca maior, realmente grande.
A receita da janta? É já a seguir!)

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